terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Quando o vento parou... Cai!


Sentidos aguçados na estrada
E uma manhã perfeita para rodar
Estava preso e agora sim andar
Como é ilusão nossa rodagem
Neste sábado buscava a paisagem

Um companheiro das chamas
E uma estrada que embriaga
Rodas e vento nas ventas
Sem esperar nada que arrebenta

O vento parou, como pipa sem ventania
Os seixos apareceram e sem velocidade;
O filme se repete e triste
Como podemos ser tão frágeis?

Olha a tristeza do cavalo
Caído no barro
Sujo e riscado
Nada poderia ter evitado

Capim, mato e barro...
Que merda irmão
Proteção divina e nada na pele
Chutes no vento
Raiva do momento

Por sorte o amigo estava junto
E na volta a memória
O susto de muitos é seu também...
As palavras de mães e avós zoam
A pergunta e sempre a mesma
Porque buscamos isto?
Não é isto... é o espírito que é livre

Nas asas de qualquer motor
No movimento de qualquer esporte
Na lesão de qualquer partida
Ali está a busca
O gosto do vento de quem roda é vício
De quem corre ou pula

Na sua praia o prazer não é pisar nela
É olhar o sol na água que você não alcança...
Porque amanhã se ele volta,
Amanhã na estrada eu volto!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Só e no vento...

Olha a dó que dá!
Hoje parece que órfãos se revoltaram pelo desaparecimento
Sem lógica concreta eles gritaram ao vento.

Porque temos que estar ligados a forma?
Ou ainda porque se peguntar sobre este sentido.
A substância da forma é no homem
O que revela sua dor.

Como o pobre Heráclito que da doença procurou a saída
E acabou morto sufocado na crença das fezes de vaca.
Por ridículo que seja nem os cães reconheceram o dono
Quando sujo ele mergulha na lama de suas crenças
Inflexível e fedorento pelas palavras que te contaram.

Se o pobre filósofo dos movimentos acima não morresse de forma tão estúpida
Veria que seus contrapontos e afirmações do contrário
Não são bem aceitos nos dias de hoje
Porque se para este grego o movimento é o sentido para valorar os contrários
Homem só, não aceita a solidão como benefício contrário a plena exposição.

E a falta de vento não é alento para o vendaval....

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Menino





Vida que se expressa na forma carnal
Quem veio somar e acertar suas contas e gastar seus acertos?

Tenho nos olhos o infinito da possibilidade que contrapõe com a vida totalmente dependente.
Como nossos votos de vida se renovarm na continuidade da própria vida! Não é?

Caber em si pela alegria equilibra na responsabilidade das escolhas feitas...
Ver as pessoas borbulhantes ao redor não tem preço ou endereço!
Parabéns a você menino!
Obrigado a você menino!
A força destas mãos já não são as mesmas da ternura dos teus pequenos gestos...
Obrigado menino pela meninice do teu choro...
As costas que doem não registram tudo que a alma sente. Palavras são poucas.
Coração é pouco. Nosso corpo é pouco...

O que é muito para um menino que deitou nas primeiras horas na tua pele?
O calor que busca nas entranhas que acalma tuas cólicas é um pranto de gratidão pela oportunidade...
Obrigado menino pela oportunidade de rever a ternura dos nossos calos...
Siga aí menino...
Viaja aí menino...
Esta é o que Criador te deu.... Colhe as folhas e respira o vento que já sopramos!
Você é doce e pequeno diante da montanha... Mas o pico dela será pouco para ti em poucos anos!
Valeu meu menino.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

IK

"Pensamentos sem conteúdos são vazios; intuições sem conceitos são cegas."

Hoje debruçado na lógica das instituições pequenas que frequentamos perdi o objetivo...
O que seria da nossa humanidade se tê-la não fosse seu próprio fim?
A idéia de muitos reunidos em caminhos comuns
Esbarra na questão da liberdade
Não visão de igualdade

Nem sempre estamos prontos para abrir mão do pensamento
Porque de outro veio o vento
Vento da idéia contrária
Do regime alertado que muda o gosto da boca
Fica amargo porque não é tua escolha
E parece querer tirar sua liberdade

A consciência de alguns não se limita ao seu fazer
A eles é necessário o importuno cutucar
A delícia de pecar na inveja
E ainda não saber ao certo o que são nas suas almas atormentadas

Como as nossas que sofrem diante da tirania das palavras
Ou do inconformismo que persegue o talento!
 

"As opiniões causaram mais males do que a peste ou terremotos neste pequeno nosso mundo". - Voltaire



quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Vida e vento

No momento certo a vida transforma
O vento entorta.
Hoje a vida que cresce e mexe
Como nossos destinos são alterados com facilidade!
O sono da noite é suficiente
Com a bestialidade do descontrole do destino
Vem e vai no vento!

No guidão do seu destino que nada pode controlar
Sem pensar o vento leva e constrói o cacho do cabelo
Tristeza da mulher no canto da sala
Olhando o chuvisco
A alegria dos olhos de quem arrisca o risco no traçado
Do pneu riscado sob a máquina da sua alma


Na canção que faça chorar
A paz do amor perdido e vivido
Da escolha sem volta
Mas nos olhos o futuro da estrada
A luz dos joelhos que pendem paralelos
Para próxima curva gritar na construção da adrenalina!

Vamos rodar...

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Sol Marrom

A companheira da lucidez é a loucura.
A insanidade de pensar no amanhã como sem limite
Sabendo que a fronteira existe em tudo de seu dia...
Em tudo que vive
Em tudo que acredita ser eterno
Não preparar o futuro é o conselho da aventura
Do prazer da ventura
Aquele das escolhas sem maior responsbilidades que muda sua caminhada

Sem valor ou juízo, melhor assim o vento soprar seu cabelo
Sem preparar é menos prejuízo para o coração
É menos preocupação
Não olhar o sol como marrom.

Crença de poucos
Criatividade de muitos e o susto de quem não soma
Não faz a conta
Nem vê atitude diferente da iluminação da Lua
A companheira platônica
Do sol que ainda é marrom para você que não amarela...

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Passagem de ida, sempre...


Passa por tudo que passa sua passagem...
Passando por paisagens que tua alma passou...
Motociclista que passa
Uma moto que passa
A idade que invariavelmente passa
Apetite de rugas marcando
Seu rosto uva-passa...

Se de passagem é a vida
Que a nossa seja passante e desafiante
Por crescer o rito...

Construir o ritmo da passagem
Até a hora de passar
E lá ser o motociclista no espírito
Pela diversão e pela paixão
No reflexo do espelho
Passagem de devoção
Um mundo melhor na herança
A passagem em sua sucessão!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sensação

Hoje várias sensações tomam conta da cabeça

Olha que não sou assim muito velho para que ruga não obedeça
Muito estranho ver o peito que aponta
E saber que amanhã mais que toque desmonta.

Vendendo minha moto porque?
A sensação destrói o que o corpo não aguenta
Dias sem a moto serão
Mas respondo antes do verão

Acreditar no metafísico é direcionar
A lógica em razão das possibilidades
A sensação em dominação da realidade.

O princípio do riso
A genesi de Santo Agostinho que deixa o literal
E transforma o que morre na renovação mesmo que carnal
A moto que vai renova o espírito da que vem...
Esta a sensação de hoje
Complementa e abandona
Dualidade inconciliável. 

Minhas costas doem
Primavera de nossos olhos não bate com o inverno de nossos ossos...
Que merda!





segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Couve

Descabelado como couve.
Vi um prato cheio

Olha um virado paulista ou augusta - Brasileiro!
Perguntas de novo vem na cabeça
Incrédulo alguém ficaria risonho e espantado
Porque de dúvidas encheríamos o prato de nossas vidas?
Meu Deus quantos morrem pela falta desta couve?
Porque a couve? Ridículo como o prato, como presunto no balcão
Como cerveja na sua caneca
Mente de malucos na mesa.

Quantos fugiram, mataram e choraram buscando sentido
Nas couves de seus pratos
Que almoço dos infernos!
Faz você pensar nos outros e
Esquecer do seu estômago... Necessidade primeira e primitiva
Não só sua.
Livre pela escolha e preso por ter escolhido
Audaz e senhor de seu destino 
Ri do texto parecendo baboseira. Este estranho!
O sentido da falta de direção
E como a reta sem retorno
A reta que sua moto escolheu e você não a levou, mas o combustível
Comeu sua alma
E você pensou que queimou até a última curva.
Sem retorno!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Juntar cavalos


O que junta coisas?
Nesta vida de perguntas
Juntar pode ser uma doença
Gente ganha dinheiro com este mal
Corações juntos
Não necessariamente as almas

Lembrança de ontem
O bem sempre passa pela gente
Deixa tudo mais contente
Fica se querer
Vi este sorriso
Garagalhada daquela que dói a barriga
E mata uns de lombriga

Olha esta união aí
Meninas reunidas
Na porta de Campinas
Saudades da 800
Do dia que nos conhecemos
O estilo esta mudando
Vejo as fotos antigas
Um quê de sentido remonta
Um cavalo de ferro que conta

Como seria bom juntar...
Todos nossos cavalos em um só lugar...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Preço

Quanto se paga pelo prazer das duas rodas?
Caro... Caro mesmo. Mas, vale quando se sabe o que pagar.

Eu tenho visto pessoas jogarem suas vidas fora pelo prazer...
E você?
De velocidade ou grande atividade.
A luta pela fuga da pressão
Ou a cabeça de um doidão.
Já vi o pó matar um irmão
O velocímetro matou outros...
O desleixo muitos mais.

Descuidado com a vida
Desatento com as pessoas
Alguém que não vimos...
Olhos castigados de sal grosso
Como tiro que acertou sua boca, tiro de sal!
Que temperou seu coração frio
E que o vento levou no seu capacete.

Um dia a gente para!
Todo mundo para!
Toda moto para!
Todo coração para...
Para nossa vida em duas rodas
Rodando com a sensação de não parar...
Sempre um preço vale
Pago por entender que vale
Valendo o que pagou
Uma vida assim atou.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Excêntrico

O que está fora de centro?

Rodas excêntricas são pedidos de velório... risos!  Não se pode dar ao luxo de ser espontâneo e diferente! Assim, como muitos... risos!
Conheço um sujeito que não pode permitir tal classificação.
Seus círculos não podem girar livremente dentro de outro... Nada de excentricidade!
Tudo deve rodar no eixo... Matematicamente definido.
Como pedir isto a alguém?
Remunenar para manter a convicção?
Exigir idéias por concepção...
E ter certeza que como no universo girando e em grande expansão
Nada deixa de mudar...

Uma colega hoje perguntou:
É seu o texto? Quanto você usa para buscar a inpsiração... risos!
Tempo de explosão e de descanso... Sem ânsia ou medo. Melhor resposta!
Excêntrico classificado... de caveira na cara... Melhor resposta novamente!
De roda e locais visitados. Melhor inspirado e descentralizado.
Sem egocentrismo e buscando luz para entender, assim deve ser...
Rezando todos os dias para que o crescimento seja espiritual ou até modal para entender a substância...
A que permanece na definição do ser... Que encontro as vezes nas ventas. Risos!







segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Escolhas

Hoje pensando no aniversário e na forma de, humilde e ousado, entender o tempo, pensei nas escolhas.

Quando já não se sabe onde o tempo te leva não se escolhe quanto tempo algo vai levar.

Escolhe o que pode e tem o que te dão... Não se escolhe e consegue tudo, mas o tempo te escolhe sempre. E tudo o tempo pode.

Tem gente que odeia seus aniversários porque eles são a referência do que há de mais incontrolável e um símbolo de renovação nos dois sentidos das datas mais distantes.
Distantes porque não são de seu controle nenhuma delas, nem início e nem fim. Nada importa!

Como na estrada o que vale é o caminho, nunca o fim ou ponto de chegada... Lá tem nada, e antes nada tinha...

Como no circo da vida, aos palhaços os aplausos da risadas provocadas pela estupidez e desencontros, tudo é motivo para se rir no maior espetáculo da vida. Ela mesma!

Comemorando meu tempo e meus sentidos... um brinde ao tempo soberano de nossos cabelos, rugas e úlceras.
Abraço ao amigo da estrada... Ele que não se importa onde foi... só foi... registrou e continua a rodar!

Porque mesmo no último suspiro sempre é bom dizer: vamos rodar!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Shadow

Não é a moto... Alías, a Shadow 600 que tive era um sonho de moto.


Mas hoje pensando nos animais que vivem nas sombras e rastejam traiçoeiros pelas folhas
Parei para pensar nesta gente que igual em caráter
Podres e sujas como o cárter
Oléo vencido por dentro e lixo da estrada por fora.

Feitio moral sem sentido desta gente;
Hoje a estrada mostra que é preciso viver com eles
Criar condições para não fugir do controle
Saber que alguns irmãos no caminho se perderam
Entender que eles não voltam
Acham que são
Criam santos de coração, nem mesmo bom guidão
Esquecem a razão. O santo não é!

Você já perdeu amigos? Já viu gente mudar como um cachorro traiçoeiro?
Acredita que pessoas mudam sempre...? Então sabe do que estou falando.
Andando de moto conheci gente assim... e assado!
Mas no fundo sabe que poucos ficam do seu lado.
Seja porque enrolou o cabo
Seja porque para shadow ele foi sugado.

Um dia todos lá começaram, um dia todos fomos iguais
Banguelos e lisos
Faltou humildade e grandeza para alguns conviverem
Escondidos nas sombras
Não se desligam, olham e coçam.
Quem um dia olhou, agora entre galhos
Está agora sombreado,
Retido na escuridão e aproveitando o rachão.

Ofendido? Serviu? O sentimento é coisa estranha. O Cara lá já viu tudo isto...
Porra, vão dizer, este cara fumou um... Nada disto.

Parece triste e melancólico, porém quem lê sabe.
Quem vê entende... Desculpe!



quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Você faz parte de um grupo de motos?

Porque fazer parte de um motogrupo? Qual sentido? Porque tem gente que entra e some? E qual diferença de um motoclube?


A grande sacada de um motogrupo e o caráter democrático, onde os vínculos são por afinidades, sejam sobre gostos, de cultura e/ou sociais.
Em dias de internet, fóruns e blog´s tem aproximado e afastado pessoas no mesmo ritmo e no mesmo movimento. É paradoxal que a gente só encontre gente com mesmos gostos e necessidades de forma virtual, por outro lado é este mesmo meio que faz as pessoas se juntarem na vida real.
A percepção que tenho é que muitos passam, se interessam, até compram motos e equipamentos devido a este contato. Depois de um tempo somente uma parcela continua neste caminho por diversos motivos. Para muita gente a moda passa... E para alguns ser parte de um clube ou grupo de motos é moda.
Em um motogrupo o destaque é não ter barreira a entrada, saída ou regras rígidas de um motoclube a retenção de pessoas é menor, porém mais saudável.
Ninguém se sente obrigado a fazer nada ou por receio deixar de fazer algo que goste para estar em outro lugar ou grupo.
O natural do bicho homem é se ajuntar em grupos para se defender, comer, morar e também se divertir. Isto não é novidade para o mundo das motos. Agora o prazer de estar em grupo as vezes precisa ser substituído por uma viagem sozinho, uma quietude ou distância. Muitos querem por vezes pegar a moto e simplesmente curtir a estrada sem compromisso. O motogrupo deixa você livre para isto.
Você só participa ou esta com as pessoas nas viagens e encontros se sentir bem, não porque tem que comparecer para fazer jus a mensalidade que pagou ou porque deve satisfação a alguém.
A única satisfação que vc dá em um grupo é moral. Assim, seu comportamento e relacionamentos monstram que você é capaz ou não de administrar seu tempo, seus desejos e sua moto para fazer parte do todo. Interagir com responsabilidade e maturidade suficientes para entender que o que te liga são as pessoas, não as regras ou estatutos.
Ser diferente e se ver aceito, bem como aceitar as diferenças e fazer elas se darem bem dentro do grupo é o maior desafio para quem quer fazer parte de um algo coletivo.

abraço

quinta-feira, 28 de julho de 2011

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Motociclista - 27 de Julho


Duas rodas e duas opções
Coração e alma
Movimento e canções

Parabéns pelo risco
Pelo sorriso
Da passagem sem aviso
Duas mãos
Dois manetes
Duas rodas
Duas sugestões
Rodar em direções
Ou parar sem corações.

Estrada tem cheiro
Mato e seu amigo
Asfalto, brita ou terra sem castigo
Parabéns atores sem abrigo

Irmãos da chuva
Duas visões e dois sentimentos
Sol ou frio
Calor ou vento
Todas nosso alimento

Livre e poderoso
Sempre esperançoso
No sangue algo estranho
Pés que são rodas
Sentimento que leva
Liberdade que cresce
Quem olha a linha no horizonte
Não vacila
Sabe o que é ser motociclista!

terça-feira, 26 de julho de 2011

We only said good-bye with words

Não ficou só nas palavras.!
Seja exemplo do que não é para ser...
Só lembrança de uma voz linda!
Para sempre... sempre é muito!
Alguns das duas rodas assim também fizeram.
A adrenalina é seu pega...
Para morte sempre é tudo ou nada...
E o cachimbo não encanta mais...
Silêncio do desperdício!



Luzes no corredor

Em um mundo de intolerância... Cada vez mais violento o que esperamos?
Pensando em atentados na Noruega e jogadores, motoristas e motociclistas que voam na sua ignorância:

Tudo cheira maldade...
Eu vi as luzes do corredor
Olhando como um compressor
Em duas rodas atravessando entre os retrovisores
Hoje eu vi esta mesma maldade
O mesmo sentimento de ocaso...
Uma vida de descaso. Como o horizonte que se fecha
Como se a gente fosse a flecha
Lançada e sem volta ao arco da serenidade. Aquela besta e suas setas
Meras peças no jogo destas bestas... sangue!
 

segunda-feira, 25 de julho de 2011

AR

Respirado em São Paulo
Narinas assustadas no asfalto
Alvéolos de assalto
Podre em nossos pulmões
Sujeira dos grilhões

As rodas levando
Palavras de novos ares
Alegria para alguns em andares
Outros penando

Lá nas nuvens de outra tempestade
Santo nasceu
Falsidade se moveu
O guidão esqueceram...
A criancice converteram
Ou foi a poluição que corrompeu
O pulmão e o amigo seu...

No banco só olhando
O cinza deles
O preto das almas e o amarelo
Do asfalto ou seria do medo
Um motociclista tem história
Além da rede e da fumaça
Além do dedos e dos manetes
O ar está virado

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O velho da curva.

Permita Deus que nossas forças sejam as mesmas quando o frio afligir nossos ossos mais do que o normal...
Que o dia seja longo como as festas de nossa juventude e que a sabedoria não seja desafiada pelo ímpeto perplexo dos jovens...
A crise de nossas pernas não seja o mal trato dos joelhos quando não pensávamos neles...
Hoje o que está estabelecido e conhecido não seja única forma de enxergar a vida e os que nos cercam...
Que saiba discernir que na diferença há riqueza, que na mudança esta a oportunidade e que no novo sempre há a história do velho...
Se você soubesse antes sobre teus erros não os cometeria? Ou só faria erros novos. Porque o desconhecido e a natureza das decisões erradas e das acertadas...
Como numa estrada que não se sabe onde esta a próxima curva, mas sem surpresas quando se conhece como rotina todas elas, não se pode conhecer o sentido as armadilhas das palavras... Constroem e destroem ilusões e castelos.
O fato não é nada mais que a curva que já passou e se você soube fazê-la ou parou nela, não interessa para ninguém só para você... Por outro lado e a decisão da próxima que se apresenta a delicia da expectativa, que desaparece depois que esta no retrovisor... E mesmo assim só vai interessar para alguém se lá atrás ficar sua alma triste por não prosseguir...


quinta-feira, 7 de julho de 2011

Álcool não se mistura... com duas rodas!

Medo da calmaria
Mas vamos com vontade
Tomar sem alergia
Tudo com muita responsabilidade
Calma com zombaria
Agora "pinga" esta irmandade
Cidades lá, já ria
Nós BOGGERS temos criatividade

Duas chachaças
Duas rodas
Não embaraça
Depois curvas nervosas

Descanso para todos
Hidratação e não mistura na direção
Aí sim para estrada irmão...

Mescalina


Permita o amigo um olhar sobre as duas rodas
Permita o arquiteto que os ângulos se completem

Para meu amigo eu falo
Para aquele que ouve na nuvem também vale
Do fundo do lago de Furnas um eco
Um grito serpenteia esperando que crave
Os corações daqueles que lá foram
A amizade define

Respire... Sinta em horas para onde vamos
Relaxe ... onde anda teus olhos?
Bem fundo e sem vida?
Anima

Sabe aquela inveja que seu cavalo de aço sente
Querendo como dos outros rodar? no meio do braço doendo...
Cotovelo

O cavalo precisa estar solto no campo
Nossos cavalos rumam
Ria do que pode, curta o limite deles
Os cavalos vão em trote para Minas

Aquelas Gerais que você um dia pensou
Será lá o BOG que vou?
De amizade e verdades
Até Nietzsche já chorou
Para sua máquina diga que não foi você que parou...

Pensando cria música na estrada, há tempo
Não precisa vir correndo. Venha com gente!
Um trato não daquele de cartório
Das almas livres para CAPITÓLIO....

Frio

Fica frio aí irmão
Comum para poucas pessoas
É aventura para tubarão
Entender como soa

Moto e seu calafrio
Frio da corrente zunindo
De nada como esta vindo
Nem um Pio
Olha o speed
Olha o frio

Grita como quem quer
Fala o que der
Geme pelo calor que causa
Cala lá na alma

As costas velhas
A estrada e uma saudade
O frio te chama
Caiu no armadilha do pijama?
E o frio

Não vai? E a corrente não grita?
Ah! é cardã
Macio como maçã
Mas longe ainda não vai

E aí irmão
Doeu a chacota
curte uma carlota
Esta de azeite
lubrifica o deleite
E o frio?
Fica frio irmão!

Para estrada

 Neblina

 Curvas em Capitólio MG

terça-feira, 28 de junho de 2011

Inovação

Uma manhã de sol
Vejo a inclinação
O ângulo mostra aos olhos
Na curva, o corte do guidão

O som das faíscas
No asfalto, as riscas
Sentindo a pressão no peito
Do vento que urra e rasga
Pneu, grito no efeito

Suas escolhas
Seu tempo, nada contrapõe
Livre como palavras
Livre como pensamento
Na motoca agride o vento

Cuide do seu coração
Liberte sua alma
Suba nas duas rodas, canção!
Esqueça a palma, trovão!

Cante a força da chuva, ventania
Calor e frio, importa só no barlavento...

Inove na paisagem que passa
E não se esqueça,
Porque disto tudo: achamos graça!

Você já viu um inimigo que não consegue entender porque virou inimigo?

Para este camarada dediquei as palavras abaixo:

A Luz da tarde criou um bicho
O que tenho haver com isto? Seu puto!
Nada talvez,
Somente mais uma piada para o freguês...

E todos malacabados pensam
Singela "deseducação" alguns cantam
Uma isca para motos avaliaram
Muitos se encantam e gritam

Outro lá no canto em desatino
Do passado luta por algum inexistente caudilho
As vezes esquecemos onde estamos
Das estradas, que mentes refrescamos
Lá longe estão...
Aqui por vezes um furacão

O furor nada tem aqui que se apoie... Maluco!
A amizade e tolerência lado a lado caminham
Humor, liberdade e convivência não insultam
Verdadeiro BOG nada corrói.

BOG é o motogrupo que sou membro! Só gente do bem... mas, sabe? ... onde tem muita gente sempre um ou outro tenta estragar!!!!