quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sensação

Hoje várias sensações tomam conta da cabeça

Olha que não sou assim muito velho para que ruga não obedeça
Muito estranho ver o peito que aponta
E saber que amanhã mais que toque desmonta.

Vendendo minha moto porque?
A sensação destrói o que o corpo não aguenta
Dias sem a moto serão
Mas respondo antes do verão

Acreditar no metafísico é direcionar
A lógica em razão das possibilidades
A sensação em dominação da realidade.

O princípio do riso
A genesi de Santo Agostinho que deixa o literal
E transforma o que morre na renovação mesmo que carnal
A moto que vai renova o espírito da que vem...
Esta a sensação de hoje
Complementa e abandona
Dualidade inconciliável. 

Minhas costas doem
Primavera de nossos olhos não bate com o inverno de nossos ossos...
Que merda!





segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Couve

Descabelado como couve.
Vi um prato cheio

Olha um virado paulista ou augusta - Brasileiro!
Perguntas de novo vem na cabeça
Incrédulo alguém ficaria risonho e espantado
Porque de dúvidas encheríamos o prato de nossas vidas?
Meu Deus quantos morrem pela falta desta couve?
Porque a couve? Ridículo como o prato, como presunto no balcão
Como cerveja na sua caneca
Mente de malucos na mesa.

Quantos fugiram, mataram e choraram buscando sentido
Nas couves de seus pratos
Que almoço dos infernos!
Faz você pensar nos outros e
Esquecer do seu estômago... Necessidade primeira e primitiva
Não só sua.
Livre pela escolha e preso por ter escolhido
Audaz e senhor de seu destino 
Ri do texto parecendo baboseira. Este estranho!
O sentido da falta de direção
E como a reta sem retorno
A reta que sua moto escolheu e você não a levou, mas o combustível
Comeu sua alma
E você pensou que queimou até a última curva.
Sem retorno!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Juntar cavalos


O que junta coisas?
Nesta vida de perguntas
Juntar pode ser uma doença
Gente ganha dinheiro com este mal
Corações juntos
Não necessariamente as almas

Lembrança de ontem
O bem sempre passa pela gente
Deixa tudo mais contente
Fica se querer
Vi este sorriso
Garagalhada daquela que dói a barriga
E mata uns de lombriga

Olha esta união aí
Meninas reunidas
Na porta de Campinas
Saudades da 800
Do dia que nos conhecemos
O estilo esta mudando
Vejo as fotos antigas
Um quê de sentido remonta
Um cavalo de ferro que conta

Como seria bom juntar...
Todos nossos cavalos em um só lugar...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Preço

Quanto se paga pelo prazer das duas rodas?
Caro... Caro mesmo. Mas, vale quando se sabe o que pagar.

Eu tenho visto pessoas jogarem suas vidas fora pelo prazer...
E você?
De velocidade ou grande atividade.
A luta pela fuga da pressão
Ou a cabeça de um doidão.
Já vi o pó matar um irmão
O velocímetro matou outros...
O desleixo muitos mais.

Descuidado com a vida
Desatento com as pessoas
Alguém que não vimos...
Olhos castigados de sal grosso
Como tiro que acertou sua boca, tiro de sal!
Que temperou seu coração frio
E que o vento levou no seu capacete.

Um dia a gente para!
Todo mundo para!
Toda moto para!
Todo coração para...
Para nossa vida em duas rodas
Rodando com a sensação de não parar...
Sempre um preço vale
Pago por entender que vale
Valendo o que pagou
Uma vida assim atou.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Excêntrico

O que está fora de centro?

Rodas excêntricas são pedidos de velório... risos!  Não se pode dar ao luxo de ser espontâneo e diferente! Assim, como muitos... risos!
Conheço um sujeito que não pode permitir tal classificação.
Seus círculos não podem girar livremente dentro de outro... Nada de excentricidade!
Tudo deve rodar no eixo... Matematicamente definido.
Como pedir isto a alguém?
Remunenar para manter a convicção?
Exigir idéias por concepção...
E ter certeza que como no universo girando e em grande expansão
Nada deixa de mudar...

Uma colega hoje perguntou:
É seu o texto? Quanto você usa para buscar a inpsiração... risos!
Tempo de explosão e de descanso... Sem ânsia ou medo. Melhor resposta!
Excêntrico classificado... de caveira na cara... Melhor resposta novamente!
De roda e locais visitados. Melhor inspirado e descentralizado.
Sem egocentrismo e buscando luz para entender, assim deve ser...
Rezando todos os dias para que o crescimento seja espiritual ou até modal para entender a substância...
A que permanece na definição do ser... Que encontro as vezes nas ventas. Risos!







segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Escolhas

Hoje pensando no aniversário e na forma de, humilde e ousado, entender o tempo, pensei nas escolhas.

Quando já não se sabe onde o tempo te leva não se escolhe quanto tempo algo vai levar.

Escolhe o que pode e tem o que te dão... Não se escolhe e consegue tudo, mas o tempo te escolhe sempre. E tudo o tempo pode.

Tem gente que odeia seus aniversários porque eles são a referência do que há de mais incontrolável e um símbolo de renovação nos dois sentidos das datas mais distantes.
Distantes porque não são de seu controle nenhuma delas, nem início e nem fim. Nada importa!

Como na estrada o que vale é o caminho, nunca o fim ou ponto de chegada... Lá tem nada, e antes nada tinha...

Como no circo da vida, aos palhaços os aplausos da risadas provocadas pela estupidez e desencontros, tudo é motivo para se rir no maior espetáculo da vida. Ela mesma!

Comemorando meu tempo e meus sentidos... um brinde ao tempo soberano de nossos cabelos, rugas e úlceras.
Abraço ao amigo da estrada... Ele que não se importa onde foi... só foi... registrou e continua a rodar!

Porque mesmo no último suspiro sempre é bom dizer: vamos rodar!