terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Quando o vento parou... Cai!


Sentidos aguçados na estrada
E uma manhã perfeita para rodar
Estava preso e agora sim andar
Como é ilusão nossa rodagem
Neste sábado buscava a paisagem

Um companheiro das chamas
E uma estrada que embriaga
Rodas e vento nas ventas
Sem esperar nada que arrebenta

O vento parou, como pipa sem ventania
Os seixos apareceram e sem velocidade;
O filme se repete e triste
Como podemos ser tão frágeis?

Olha a tristeza do cavalo
Caído no barro
Sujo e riscado
Nada poderia ter evitado

Capim, mato e barro...
Que merda irmão
Proteção divina e nada na pele
Chutes no vento
Raiva do momento

Por sorte o amigo estava junto
E na volta a memória
O susto de muitos é seu também...
As palavras de mães e avós zoam
A pergunta e sempre a mesma
Porque buscamos isto?
Não é isto... é o espírito que é livre

Nas asas de qualquer motor
No movimento de qualquer esporte
Na lesão de qualquer partida
Ali está a busca
O gosto do vento de quem roda é vício
De quem corre ou pula

Na sua praia o prazer não é pisar nela
É olhar o sol na água que você não alcança...
Porque amanhã se ele volta,
Amanhã na estrada eu volto!